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Ossada encontrada no litoral do Paraná é de mulher desaparecida há um ano, aponta laudo; ex é réu pelo feminicídio

A ossada humana encontrada em Pontal do Paraná, no litoral do estado, é da auxiliar de limpeza Sandra Mara Camargo, de 49 anos, segundo um laudo da Polícia Científica.

A mulher estava desaparecida desde 13 de dezembro de 2024 e a ossada foi localizada no dia 20 de agosto de 2025. A confirmação foi feita por meio de um exame pericial de DNA.

O ex-namorado de Sandra Mara, Aleandro Lourenço de Barros, foi denunciado por feminicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Ele está preso desde 20 de fevereiro e se tornou réu pelo assassinato. A defesa nega a autoria do crime.

O processo aguarda decisão de pronúncia – ou seja, a decisão do juiz se Aleandro irá, ou não, para julgamento pelo Tribunal do Júri.

Conforme a família da vítima, eles estavam juntos há cerca de quatro anos.

Em nota, o advogado Aryon Schwinden, que representa Aleandro, afirmou que “a identificação do corpo encontrado, em nada interfere, tendo em vista que Aleandro nega a autoria dos fatos”.

“Sua versão, que será exposta em momento processual oportuno, é corroborada frente às diversas contradições nos depoimentos constantes nos autos, em fase de instrução”, diz a defesa.

Por meio de nota, o advogado Leonardo Mestre Negri, que representa a família de Sandra Mara, afirmou que a expectativa é de que “o réu seja pronunciado e levado a julgamento, para que a morte de Sandra seja apreciada pelo Tribunal do Júri com a seriedade que o caso exige e para que a justiça prevaleça”.

Câmeras registraram a vítima saindo do trabalho

Câmeras de segurança registraram ela saindo do trabalho por volta das 19h. Mostram também ela passando de bicicleta no caminho que costumava fazer para ir para casa. No entanto, depois disso, Sandra não foi mais vista.

Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado dois dias após o desaparecimento.

Polícia encontrou sangue na casa da vítima

A RPC teve acesso com exclusividade a um laudo da perícia feita pela Polícia Científica na casa da vítima.

O teste com luminol apontou vestígios de sangue em um colchão e em um travesseiro que estava em cima da cama. Indicou presença de sangue em uma toalha que estava na lavanderia.

Segundo a delegada que investigou o caso, Aleandro deu respostas evasivas durante o depoimento, não negou, mas também não confessou o crime.

Depois do desaparecimento, equipes de socorro fizeram ao menos três buscas em uma região de mata próxima à casa de Sandra. O Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), do Corpo de Bombeiros, junto com cães farejadores, foi mobilizado para as buscas, que não encontraram a vítima.

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Fonte Original: G1